O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que é “natural” que haja trocas na presidência da Petrobras e que a demissão de Jean Paul Prates do comando da petroleira seja uma escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Acompanho tudo, mas quero dizer o seguinte: o cargo de presidente da Petrobras é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima com o presidente da República. É a maior companhia do país, é estratégica por vários motivos, então é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo”, disse Haddad em portaria do Ministério da Fazenda.
Ao ser questionado se foi consultado por Lula com relação à troca de comando da Petrobras, Haddad afirmou que sabia da intenção a partir dos rumores que foram noticiados pela imprensa no mês passado, e que estava acompanhando o caso.
O ministro apontou que opinou sobre a situação, mas não participou da decisão de demitir Jean Paul e que foi uma decisão pessoal de Lula.
“Uma coisa é você opinar, falar o que você pensa ou é a escolha do nome. Aí é uma escolha do presidente da República, uma escolha como foi em todas as graças em que o Lula presidiu o Brasil, uma escolha pessoal dele sem interferência de ministros, ao contrário do que vem sendo veiculado não aconteceu isso, foi uma escolha pessoal dele ”, frisou.
Prates foi demitido do comando da Petrobras na terça-feira (14). Para a carga, Lula indicou a ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Magda Chambriard.
A queda ocorreu cerca de um mês após rumores de que tratavam justamente de sua saída de carga, em meio a desavenças entre o ex-senador e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A missão do ex-senador começou a ser ventilada em meio a divergência entre Prates e Silveira sobre a distribuição de dividendos extras do estatal – Prates queria pagar os acionistas, enquanto Silveira desejava que o montante fosse utilizado para investimentos.
“Nós, ministros, procuramos auxiliar quando chamados, eu mesmo fui chamado para dirimir a questão dos dividendos que na minha opinião foi bem resolvida, a Fazenda hoje está participando mais com assento no conselho, mas é uma escolha do presidente da república”, disse Haddad.
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